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O papel das universidades e da justiça para a democratização do acesso ao trabalho e à educação da população LGBTQIAP+

 

A população LGBTQIAP+, composta por lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersexuais, assexuais e outras identidades de gênero e sexualidade não normativas, tem enfrentado diversas barreiras em relação ao acesso ao trabalho e à educação. A discriminação e o preconceito ainda são muito presentes em nossa sociedade e, muitas vezes, afetam diretamente a vida dessas pessoas. Nesse contexto, as universidades e a justiça têm um papel fundamental na democratização do acesso ao trabalho e à educação da população LGBTQIAP+.

As universidades são espaços de formação e construção do conhecimento, onde se espera que haja diversidade de ideias e respeito às diferenças. No entanto, ainda há muito a ser feito para que as universidades sejam verdadeiramente inclusivas e acolhedoras para a população LGBTQIAP+. É necessário que sejam criados espaços de diálogo e reflexão sobre as questões de gênero e sexualidade, bem como políticas de inclusão que contemplem as especificidades dessa população.

Uma das medidas que as universidades podem adotar é a criação de programas de bolsas de estudo para estudantes LGBTQIAP+. Essas bolsas podem ajudar a garantir a permanência desses estudantes na universidade, reduzindo a evasão escolar. Além disso, é importante que as universidades ofereçam suporte psicológico e orientação profissional para essa população, contribuindo para o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos estudantes.

Outra questão importante é a inclusão de disciplinas voltadas para o estudo das questões de gênero e sexualidade nos currículos das universidades. Essas disciplinas podem ajudar a promover uma reflexão crítica sobre a diversidade sexual e de gênero, contribuindo para a formação de profissionais mais conscientes e sensíveis às questões LGBT.

No que se refere à justiça, é necessário que haja políticas que garantam a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho para a população LGBTQIAP+. Infelizmente, ainda há muitos casos de discriminação e violência no ambiente de trabalho, o que acaba afetando não apenas a vida profissional, mas também a saúde mental dessas pessoas.

Para combater essa situação, é importante que haja leis que protejam a população LGBTQIAP+ contra a discriminação e a violência no ambiente de trabalho. Além disso, é fundamental que haja ações afirmativas que garantam a inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho. Uma dessas ações pode ser a reserva de vagas em empresas e órgãos públicos para a população LGBTQIAP+.

Outra medida importante é a capacitação de profissionais para lidar com a diversidade sexual e de gênero no ambiente de trabalho.

A UnB através do CEAM, vem promovendo o debate, realizando atividades de ensino, pesquisa e extensão cada vez mais conectadas com as mudanças comportamentais da nossa sociedade, questionando as politicas publicas e a postura das entidades governamentais diante da nossa realidade.